domingo, agosto 08, 2010

Teste

Teste

terça-feira, agosto 28, 2007

Depois de tantos meses...

Resolvi reaparecer por aqui...
Reparem que houve algumas mudanças, na cor, no título etc. Não somos os mesmo "eus" todo dia e, portanto, não podemos usar a mesma "roupa" a vida toda.
Também há um enquete lá embaixo. Na verdade, coloquei só para testar, mas seria legal se alguém respondesse (risos).
Um pequeno texto para não perder o costume:

Que (m) sou

Se me perguntarem quem sou

Não poderei dizer

Além do meu nome

Porém, se indagarem de que sou

Talvez possam saber em partes

Pois ainda não sou,

Estou sempre a um passo de tornar-me

O agora para mim

É uma massa sem forma

Recheada com lembranças

De grandes e pequenos acertos

Muitos equívocos

Ações e lamentos

Agressões e reflexos

Razão e sentimento

Vejam:

Isto é um pouco do que sou

Um não-ser constante

Que teme mudar

Mas não quer permanecer

Sou uma coisa que aprende

Porque me transformo diante das coisas

E é assim que me constituo.


Kelly Soares


domingo, janeiro 07, 2007


Foto tirada na Serra de Teixeira, Paraíba

Descrever qualquer coisa pra outra pessoa é estranho.
Falo descrever porque pra mim narrar também é descrever (fatos), já que os acontecimentos vêm um após o outro, numa seqüência (lógica ou não), a seqüência do OLHAR. Mas não é o olhar dos sentidos, é um olhar interno, são IMPRESSÕES. E é desse olhar que se constituem as ações e também as "não ações".
Você, sem querer, pensa que todos enxergam exatamente como você, mas, na verdade, recuperam no fundo de suas memórias tudo que já passou em suas vidas e constroem uma imagem própria e única. E mesmo que olhem junto com você, nunca vão enxergar igual a você. Talvez também por isso sejamos todos diferentes, pra que alguns detalhes não sejam esquecidos ou descuidados, e às vezes pra criar confusão, pra desorganizar, e fazer com que as coisas se reorganizem novamente. Mas, sobretudo, pra manter-nos vivos, pois quando achamos que estamos completos, percebemos que ainda falta algo...
Sendo assim, seria pretensão demais se eu quisesse descrever - narrar, se preferirem - minha passagem de ano, que, na verdade, começou nos primeiros dias de dezembro, e eu não sei se já acabou...
Gravo aqui, pois, um pouquinho desse meu olhar, que é só meu, mas só existe porque tenho pessoas, lugares e acontecimentos na minha vida.


Era o fim, o fim do começo,
Da confusão, da idéia, do abrir de olhos
Atrasos, correria... Parei.
Saudade, saudade estranha,
Do que já estava e do que iria ser
Saudade do que não podia
E do porvir
Poeira, sol, vento e sertão
Oiticica, juazeiro, buriti
Mandacaru, pedra, lagartixa
Água, cerveja, pinga
Café preto, doce e passeio de moto
Cansaço, suor e banho
Uma rede pra dormir
Um pernilongo
Saudade...
Um perdão guardado há anos
Escrito nuns olhos, num abraço
Mais culpa que perdão
Alívio...
Medo, calor e estrada
Arte, muita arte
Pra salvar a alma sem religião
Amigos, parentes e... saudade
Sono
Alegria
Tapioca
Macaxeira
Sorrisos
Confissões
Água
Avião
...
São Paulo
Casa, amigos e conversas
Saudades...
Foi-se o fim, é o começo do começo

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Bom, eu escrevi esse texto pra uma das pessoas mais importantes na minha vida: meu pai! Eu disse que ia modificar algumas coisas, mas acabou mudando muito pouco e, como ele está guardado já faz um tempinho, resolvi publicar aqui... Espero que gostem ;)
Bjs


Caminhamos...
E a cada pegada na areia
É a forma do seu pé que vejo
Não é por querer
Nem é só o nariz, os olhos e a boca
Sou eu, somos nós
É esse jeito de não querer ter pressa e ter
Essa vontade de ver o mundo além do que há
mas querer fechar os olhos quando as coisas vão mal
O modo de teimar e de ceder de forma inconstante
De passar horas e horas conversando se for preciso
e se possível for
De se chatear quando não é compreendido
Mesmo sabendo que nem sempre é compreensivo
De se culpar por fazer errado
Mas não ter medo de errar,
porque é assim que se cresce
De dizer sem pensar
E de pensar demais a ponto de não dizer
De se cobrar o tempo todo, de cobrar do outro
De amar demais e sofrer um pouco, em pequenas doses
O jeito de se fazer de bobo,
Pra parecer inatingível
O medo de não saber pra onde
O sentimento de solidão na multidão
É essa inconstância de comportamentos
E de sentimentos que só a gente entende
Que só grandes amigos entendem.

segunda-feira, novembro 20, 2006




Só pra não dizer que não atualizo, deixo uma música pra lembrar o melhor show que eu já fui, embora tenha ido a poucos... rsrsrs...

Aproveito pra agradecer pela felicidade de ter os amigos que tenho, estejam eles presentes todos os dias, só de vez em quando, pessoalmente ou virtualmente. Vocês estão entres as coisas que considero mais importantes nessa vida. Muito obrigada!

Bjos


New Order - Regret

Maybe I've forgotten the name and the address
Of everyone I've ever known
It's nothing I regret
Save it for another day
It's the school exam and the kids have run away
I would like a place I could call my own
Have a conversation on the telephone
Wake up every day that would be a start
I would not complain of my wounded heart
I was upset you see
Almost all the time
You used to be a stranger
Now you are mine
I wouldn't even trust you
I've not got much to give
We're dealing in the limits
And we don't know who with
You may think that I'm out of hand
That I'm naive, I'll understand
On this occasion, it's not true
Look at me, I'm not you
I would like a place I could call my own
Have a conversation on the telephone
Wake up every day that would be a start
I would not complain of my wounded heart
I was a short fuse
Burning all the time
You were a complete stranger
Now you are mine
I would like a place I could call my own
Have a conversation on the telephone
Wake up every day that would be a start
I would not complain about my wounded heart
Just wait till tomorrow
I guess that's what they all say
Just before they fall apart

sexta-feira, outubro 27, 2006

Paciência


Bom, não tenho muito o que dizer, acho que tenho falado mais de mim do que deveria...
Mas o Blog e a dona dele andam meio desanimados ultimamente(ultimamente não são dias nem meses, é mais que isso), então eu vou deixar essas tulipas aqui pra ver se levanta o astral. É que elas têm uma simbologia especial pra mim, e também fazem lembrar um filme lindo que eu vi essa semana, Pão e Tulipas.
Não, hoje não vou falar de filmes, nem de poesia, não vou analisar as coisas porque estou cansada de analisar, refletir, planejar e perceber que nada sai do lugar, isso quando não volta a um estágio anterior... Eu vivo dizendo pra as pessoas que elas têm que ser fortes, pacientes e otimistas com a vida, mas quando olho no espelho percebo que os conselhos são pra mim mesma...

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós


Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder


E quem quer saber
A vida é tão rara(Tão rara)


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma


Eu sei, a vida não para
A vida não para não"

Lenine - Paciência


quinta-feira, outubro 12, 2006

Será possível?

Bom, antes que eu enlouqueça de vez com tantos trabalhos, resolvi fazer algo pra desestressar...
Fui ver um filme ontem e tive que sair antes do fim pra conseguir voltar para o meu “esconderijo” em Gothan, ops, digo, Sampa City!
Enfim, se alguém que lê essas singelas palavras tiver paciência de ver um filme francês de 3 horas, em preto e branco, cujas legendas fizeram o favor de colocar em branco pra todas as vezes que a cena se passar de dia você não conseguir entender o que eles estão falando, de poucas e significantes palavras, de pequenos gestos e grandes reflexões, vale a pena, mesmo que não dê pra assistir inteiro, hehehe... Se não quiserem também, vão fazer outra coisa, a vida é de vocês, rs, mas vou deixar aqui algumas frases e idéias, mais ou menos adaptadas, do que há no filme:


- Os militantes são muito parecidos com os padres, ambos se sentem donos da verdade e carregam sua consigo suas “Bíblias” – no caso dos militantes, a bíblia vermelha...

- O proletariado só quer a Revolução porque é mais um atrás de dinheiro e poder. Quem faz a verdadeira Revolução não é o proletariado. Será possível fazer uma Revolução Proletária apesar do proletariado???


- Viver é mais importante do que ganhar dinheiro, arte é mais importante do que ganhar dinheiro, mas como é que se vive e como se faz arte no mundo de hoje sem grana? (notem que isso é de 1969, que coisa, né?)

- O verdadeiro pintor é o pintor de paredes...

- É contraditória a necessidade de cores fortes com a expressividade das cores sóbrias no meu quadro...

- As manhãs são italianas, as noites alemãs.

- De que adianta querer a revolução, fazer poesia, pintar quadros sobre a revolução, e ficar dentro de casa fumando ópio?


Opa, esqueci de falar o nome do filme, hehehehe... Chama-se Amantes Constantes. Esta é a sinopse:


Em 1969, um grupo de jovens fuma ópio depois de ter vivido os eventos de maio de 1968. Um amor louco nasce dentro deste grupo entre dois jovens de 20 anos, que se conheceram durante a revolta.





Bom, deixa eu voltar agora pra o meu Amor Inconstante, que eu tirei 4 dias justamente pra ele. Não, infelizmente não é uma pessoa, é uma pilha de trabalhos...
Bom feriado pra todos!