sexta-feira, outubro 27, 2006

Paciência


Bom, não tenho muito o que dizer, acho que tenho falado mais de mim do que deveria...
Mas o Blog e a dona dele andam meio desanimados ultimamente(ultimamente não são dias nem meses, é mais que isso), então eu vou deixar essas tulipas aqui pra ver se levanta o astral. É que elas têm uma simbologia especial pra mim, e também fazem lembrar um filme lindo que eu vi essa semana, Pão e Tulipas.
Não, hoje não vou falar de filmes, nem de poesia, não vou analisar as coisas porque estou cansada de analisar, refletir, planejar e perceber que nada sai do lugar, isso quando não volta a um estágio anterior... Eu vivo dizendo pra as pessoas que elas têm que ser fortes, pacientes e otimistas com a vida, mas quando olho no espelho percebo que os conselhos são pra mim mesma...

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós


Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder


E quem quer saber
A vida é tão rara(Tão rara)


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma


Eu sei, a vida não para
A vida não para não"

Lenine - Paciência


quinta-feira, outubro 12, 2006

Será possível?

Bom, antes que eu enlouqueça de vez com tantos trabalhos, resolvi fazer algo pra desestressar...
Fui ver um filme ontem e tive que sair antes do fim pra conseguir voltar para o meu “esconderijo” em Gothan, ops, digo, Sampa City!
Enfim, se alguém que lê essas singelas palavras tiver paciência de ver um filme francês de 3 horas, em preto e branco, cujas legendas fizeram o favor de colocar em branco pra todas as vezes que a cena se passar de dia você não conseguir entender o que eles estão falando, de poucas e significantes palavras, de pequenos gestos e grandes reflexões, vale a pena, mesmo que não dê pra assistir inteiro, hehehe... Se não quiserem também, vão fazer outra coisa, a vida é de vocês, rs, mas vou deixar aqui algumas frases e idéias, mais ou menos adaptadas, do que há no filme:


- Os militantes são muito parecidos com os padres, ambos se sentem donos da verdade e carregam sua consigo suas “Bíblias” – no caso dos militantes, a bíblia vermelha...

- O proletariado só quer a Revolução porque é mais um atrás de dinheiro e poder. Quem faz a verdadeira Revolução não é o proletariado. Será possível fazer uma Revolução Proletária apesar do proletariado???


- Viver é mais importante do que ganhar dinheiro, arte é mais importante do que ganhar dinheiro, mas como é que se vive e como se faz arte no mundo de hoje sem grana? (notem que isso é de 1969, que coisa, né?)

- O verdadeiro pintor é o pintor de paredes...

- É contraditória a necessidade de cores fortes com a expressividade das cores sóbrias no meu quadro...

- As manhãs são italianas, as noites alemãs.

- De que adianta querer a revolução, fazer poesia, pintar quadros sobre a revolução, e ficar dentro de casa fumando ópio?


Opa, esqueci de falar o nome do filme, hehehehe... Chama-se Amantes Constantes. Esta é a sinopse:


Em 1969, um grupo de jovens fuma ópio depois de ter vivido os eventos de maio de 1968. Um amor louco nasce dentro deste grupo entre dois jovens de 20 anos, que se conheceram durante a revolta.





Bom, deixa eu voltar agora pra o meu Amor Inconstante, que eu tirei 4 dias justamente pra ele. Não, infelizmente não é uma pessoa, é uma pilha de trabalhos...
Bom feriado pra todos!